A contagem regressiva acabou. Já gritamos “Feliz Ano Novo”, já pulamos ondinhas e já fizemos nossos pedidos. Agora, o ano começou de verdade e a mesma pergunta de sempre se impõe: será que esse foi mais um ano de fazer promessas, ou será um ano de cumpri-las?
Janeiro é um mês interessante porque é o mês em que esse conflito fica mais evidente – é o mês em que tudo ainda é possível. É o mês em que, normalmente, estamos mais esperançosos. Que bom que seja assim – é bom imaginar que a passagem das 23:59 para as 0:00, o segundo que separa os anos, pode mudar algo.
No entanto, na nossa vida profissional pelo menos, é importante complementar os desejos e pedidos com metas e objetivos. É fundamental adicionar planejamento à esperança. Enfim, é preciso transformar devaneio em ação.
Assim, acredito que, o primeiro passo do ano deva ser olhar o planejamento. Caso não se tenha um, é importante fazê-lo. O planejamento estratégico (como falei aqui) é uma maneira de priorizar os objetivos e metas de uma organização de acordo com a capacidade de execução do seu pessoal.
Por isso, é importante rever o planejamento estratégico: além dele organizar as nossas ações, ele nos coloca o que será viável . Essa idéia é imprescindível no começo do ano, quando da empolgação da passagem, esquecemos de separar aquilo que gostaríamos de fazer daquilo que podemos de fato realizar. O planejamento estratégico não é apenas importante para afastar preguiça e ineficiência, é importante para transformar emoção em ações racionais.
Sei que essa ideia (que devemos transformar emoção em ação racional) pode soar estranha, ou até de mau gosto. Mas ela é muito importante. Isto porque se a emoção tem uma carga enorme no que fazemos – e o trabalho de uma pessoa apaixonada pelo que faz sempre será melhor do que o de um burocrata entediado – ela não pode ser um fim em si mesma. Isto porque a paixão e as outras emoções são de natureza difusa, se não alcançam os seus objetivos, tendem em se apagar em frustrações. Quer dizer, a ação racional (o planejamento) é a maneira como tentamos colocar um objeto realizável para as emoções – transformar a sua ação difusa em concentrada; é a forma de garantir que a empolgação do começo do ano encontre um alvo adequado, e não se desgaste ao longo dos meses
Desejo que seja um ano bom para todos. Que este ano será tanto melhor quanto conseguirmos focar nossa empolgação de ano novo, a partir de um plano construído com cuidado, para a realização de nossas metas. Vamos transformar nossos desejos em realidade, a partir de planejamento e de um plano de ação concreto.